Aliados de Fernando Haddad (PT) afirmam que ele foi responsável pelo maior volume de investimentos em São Paulo nos últimos 30 anos, em resposta a membros da gestão João Doria que disseram ao Painel que o futuro ministro da Fazenda expandiu excessivamente os gastos como prefeito e depois, a partir da recessão de 2014, fez cortes em serviços que prejudicaram a população da cidade.
Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo mostra que Haddad investiu R$ 15,6 bilhões em valores nominais em sua gestão e R$ 24 bilhões se considerado o reajuste da inflação em 2022, valor superior ao de todos seus antecessores nas décadas anteriores.
Sobre a leitura de que Haddad compensou os gastos ao aumentar a arrecadação com multas de trânsito, os haddadistas afirmam que a gestão ganhou ações judiciais que a acusavam de ter criado uma "indústria da multa". Eles destacam que o prefeito foi o primeiro a obter grau de investimento junto à agência Fitch Ratings para a cidade.
Os ex-secretários de Doria que herdaram a gestão municipal de Haddad em 2017 disseram à coluna que o petista fez uma gestão equilibrada do ponto de vista de caixa e está longe de ser inconsequente.
Eles descrevem a administração do petista como "equilíbrio expansionista", com um Estado grande e marcado por gastos elevados, mas sustentados em aumento de receitas, especialmente por meio de impostos como IPTU e IBTI, o imposto sobre transmissão de imóveis.
No entanto, a recessão econômica a partir de 2014 interrompeu o equilíbrio da gestão petista. Segundo os sucessores, Haddad mostrou responsabilidade e tomou medidas adequadas de contenção de despesas, como cortes na zeladoria, que, entretanto, se mostraram insuficientes, já que boa parte dos gastos mais significativos estava atrelada a obras e investimentos contratados e que não podiam ser interrompidos, como obras e subsídios.
Em suas avaliações públicas, Doria destoou dos membros de sua administração e dizia que sua administração era prejudicada por rombo deixado pelo petista. A acusação do então tucano era refutada por Haddad, que argumentava que ele confundia rombo orçamentário com frustração de receitas.
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