A presidente da ADB (Associação dos Diplomatas Brasileiros), embaixadora Maria Celina, cobrou nesta sexta-feira (20) do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, solução para uma reclamação comum na carreira: o gargalo para promoções e remoções.
Com a aprovação da PEC da Bengala e a postergação da aposentadoria compulsória para 75 anos, a base da carreira tem tido dificuldade de ocupar os cargos mais estratégicos da diplomacia e ficado mais tempo estagnada nos postos mais baixos.
Uma das soluções propostas foi estabelecer um prazo máximo para a ascensão para um cargo mais alto, e critérios mais objetivos para as promoções.
Vieira também tem sido pressionado pela paridade de gêneros em postos de comando. Pela primeira vez, duas das mais importantes embaixadas para a política externa brasileira, Washington e Buenos Aires, devem ser chefiadas por mulheres. Maria Luiza Viotti, que foi representante do Brasil na ONU e chefe de gabinete do secretário-geral da ONU, António Guterres, deve ser a embaixadora nos EUA.
Para a Argentina, as mais cotadas são Eugênia Barthelmess, hoje embaixadora em Singapura e ex-diretora de América do Sul no Itamaraty, e Gisela Padovan, ex-cônsul em Madri. O martelo ainda não foi batido em relação ao nome, mas a decisão de ter uma mulher à frente da embaixada no país vizinho já foi tomada.
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