Secretário de Governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e presidente de partido que ocupa três ministérios da administração Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Gilberto Kassab (PSD) diz acreditar que a sociedade está orgulhosa em perceber o trabalho conjunto das gestões municipal, estadual e federal para enfrentar as consequências das chuvas históricas que atingem cidades do litoral de São Paulo desde sábado (18).
O número de mortos chegou a 48 nesta quarta-feira (22), além de 36 desaparecidos e 2.500 fora de casa, desabrigados ou desalojados.
"É uma tragédia na qual todos estão mostrando muita responsabilidade e espírito público. Os três governos, municipal, estadual e federal, estão trabalhando de uma maneira completamente integrada, e os resultados estão aparecendo devagarzinho", diz Kassab.
"É um bom caminho, existe um reconhecimento muito grande da sociedade, que está muito orgulhosa de ver essa ação conjunta de todos. Sociedade civil, governo, administração pública em geral, meios de comunicação. Mostra o verdadeiro espírito do brasileiro: acolhedor, solidário, generoso", completa
Segundo Kassab, todos os envolvidos estão muito convencidos de que não é hora de "ações políticas, partidárias ou projetos eleitorais".
"É muita coisa para fazer, e isso não permite de maneira alguma colocar as divergências no patamar das prioridades. Agora o principal objetivo é a união de todos pela recuperação da área, preservação de vidas. Isso é majoritário para o estado e o país", acrescenta.
Kassab diz respeitar as restrições de alguns bolsonaristas e petistas à aproximação entre Tarcísio e Lula para enfrentar o ocorrido, mas que acredita que sejam manifestações minoritárias.
"Ao longo da minha vida publica, amadureci muito, e procuro respeitar a opinião de todos. A democracia pressupõe o respeito às ideias e pensamentos de todos. Todos têm direito de emitir opiniões. Neste momento, acredito que existe uma expressa maioria que trabalha para a convergência de ações para que a gente possa enfrentar esse denominador comum que é a tragédia", conclui o ex-ministro.
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