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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Flávio Bolsonaro quer convocar Lula e quebrar sigilo telefônico do presidente em CPI do 8/1

Senador diz ainda que, se general Gonçalves Dias manteve integrantes do GSI da gestão de Augusto Heleno, foi porque quis

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Brasília

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defende que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja convocado para a CPI mista que apura os ataques golpistas de 8 de janeiro, e que o colegiado quebre o sigilo telefônico do mandatário.

Ele disse que há mais motivo para chamar o atual presidente do que Jair Bolsonaro (PL) para prestar esclarecimentos.

O senador Flávio Bolsonaro, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado. - Pedro França/Agência Senado

"Tem muito mais motivo para convocar o Lula, né? Ele que era presidente no momento. O que foi que ele fez? Será que ele ficou sabendo antes? Vamos quebrar o sigilo telefônico do Lula para saber se ligaram para ele antes para avisar o que estava acontecendo e ver se ele não teria dado uma ordem para deixar as coisas acontecerem de propósito", disse ao Painel.

A possibilidade de uma CPI convocar um presidente é controversa. Em 2021, o então senador de oposição Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou requerimento para convocar Bolsonaro na CPI da Covid.

O documento não chegou a ser apreciado, porque causou debate jurídico. A avaliação predominante foi de que não se pode convocar presidente em exercício, apenas convidá-lo.

Aliados de Lula dizem que ele nem sequer tem telefone próprio. Normalmente, usa o aparelho de seus auxiliares mais próximos. Ademais, qualquer pedido de quebra de sigilo telefônico só poderia ser autorizada pelo STF.

O senador disse ainda que "podem convocar todo mundo", em relação aos outros nomes cotados, como os ministros de Bolsonaro Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa). "Eles [parlamentares] vão ouvir a verdade", afirmou.

Flávio afirmou ainda que vai entrar com uma representação contra o titular da Justiça, Flávio Dino, na PGR (Procuradoria-Geral da República) por suposta interferência na Polícia Federal. O senador alega que o ministro estaria falando sobre aspectos do inquérito de 8 de janeiro, que deveria ser sigiloso.

"Ele a todo momento está falando em coisas que tão acontecendo dentro de inquérito sigiloso. Se é sigiloso, o ministro não tinha que estar sabendo de nada. Se ele está sabendo, será que ele não está conduzindo, não está omitindo, blindando alguém nessa investigação?", disse.

Há, atualmente, quatro inquéritos na Polícia Federal abertos para apurar os episódios de 8 de janeiro.

Em defesa do seu pai, ele disse que Bolsonaro não estava mais no cargo, nem no Brasil, quando apoiadores insatisfeitos com o resultado das eleições invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes em Brasília.

O argumento é o mesmo utilizado pelo ex-mandatário em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (26).

Flávio deve integrar a comissão em uma das três vagas de titular ou na de suplente. O seu irmão Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também deve participar da CPI mista, pela Câmara.

Para o senador, se foram mantidos quadros da gestão de Augusto Heleno na pasta, foi porque assim quis o general Gonçalves Dias, seu sucessor.

"Se ele continuou com alguns que estavam no governo Bolsonaro é porque ele entendeu que tinham alguma competência para estarem lá. Não dá para querer vincular agora, responsabilizar o Bolsonaro", afirmou.

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