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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Nunes muda comunicação para criar imagem de 'obreiro' em SP

Prefeito da capital tenta se vender como contraponto a Boulos e ser homem da prática, não do discurso

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São Paulo

As trocas recentes realizadas pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em sua equipe de comunicação refletem uma mudança na estratégia de construção de sua imagem para a campanha à reeleição em 2024.

Até há pouco tempo o emedebista apostava na ideia de se aproximar das eleições como uma "tela em branco", sem vinculações ideológicas com o bolsonarismo ou a esquerda.

Também pretendia se ancorar em índices favoráveis de aprovação aos serviços de saúde da capital e da campanha de vacinação contra a Covid.

Em 2021 e 2022, por exemplo, o SUS foi eleito como o melhor serviço público de São Paulo, segundo levantamento do Datafolha.

Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, durante festa de aniversário de Marta Suplicy
Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, durante festa de aniversário de Marta Suplicy - Mathilde Missioneiro-19.mar.2023/Divulgação

No entanto, diante de críticas de que era pouco conhecido, Nunes decidiu mudar de tática e de time. Como revelou o Painel, Duda Lima, marqueteiro que fez a campanha de TV de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, deverá comandar a campanha do prefeito.

Felipe Soutello, que fez a campanha de Simone Tebet (MDB) e era próximo de Nunes e da cúpula do MDB, perdeu espaço.

A troca do secretário de Comunicação, com a saída de Marcus Sinval e a chegada de Marcello D'Angelo, segue a mesma lógica.

Nunes agora tem antagonizado cada vez mais com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que atualmente desponta como seu concorrente mais forte para 2024.

Na última semana, o prefeito conseguiu derrubar liminar que o psolista havia conseguido que proibia a remoção de barracas das ruas.

O prefeito também pretende construir a imagem de "obreiro", ou seja, de gestor que entregou ou deixou encaminhadas centenas de obras pela cidade. Nesse sentido, ele tem repetido o mote de que não é do discurso, mas da prática.

Um de seus trunfos na empreitada é o caixa reforçado, que prevê R$ 11,5 bilhões em investimentos em 2023, o maior da história da cidade. Há dois anos, por exemplo, o montante era de R$ 7,2 bilhões.

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