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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Petistas falam em construir base própria, mas sem romper com Lira

Deputados querem mais autonomia em relação ao presidente da Casa, mas alertam para trauma com Eduardo Cunha

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São Paulo

Após sucessivas derrotas em votações na Câmara dos Deputados, parlamentares do PT têm debatido a necessidade de construir uma base de apoio própria, na tentativa de depender menos da capacidade de articulação de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa.

Uma das ideias discutidas é a de tentar atrair parlamentares de siglas como União Brasil, PP, PL e Republicanos, afastando-se assim do presidente da Casa e formando uma base mais confiável para votações.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, durante a votação do projeto de lei do arcabouço fiscal
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, durante a votação do projeto de lei do arcabouço fiscal - Pedro Ladeira-23.mai.2023/Folhapress

Petistas dizem que Lira estimulou a gestão Lula (PT) a adotar essa estratégia ao dizer, após a votação da Medida Provisória dos Ministérios, que o governo teria que "andar com as próprias pernas".

Uma ala do PT diz que os fracassos mostram que não funcionou a estratégia de terceirizar para Lira a articulação política do governo. Por isso, afirmam, seria importante formar um grupo próprio ou até mesmo um bloco governista.

Há resistências internas, no entanto. "Isso seria o enterro do governo", diz Carlos Zarattini (PT-SP), sobre a ideia de montar um bloco. Para o deputado, a estratégia correta seria ouvir os deputados que atualmente compõem os partidos aliados, identificar os problemas e resolvê-los. "Tem falar com cada um deles e cuidar da base".

Parlamentares apontam para a necessidade de cuidado para que a busca por mais autonomia em relação a Lira não transforme o presidente da Câmara em opositor, relembrando o trauma da ruptura entre Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Cunha em 2015 que abriu caminho para o impeachment da presidente no ano seguinte.

Lira também está acuado após a operação da Polícia Federal que teve como alvo um aliado seu, nesta quinta-feira (1). Segundo aliados, sua irritação pode levá-lo a uma ruptura com o Executivo.

Lula (PT) durante entrevista após reunião dos presidentes dos países da América do Sul no Palácio do Itamaraty
Lula (PT) durante entrevista após reunião dos presidentes dos países da América do Sul no Palácio do Itamaraty - Pedro Ladeira-30.mai.2023/Folhapress

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