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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Após morte de PM, bancada da bala cobra de Tarcísio retirada das câmeras de fardas

Políticas linha-dura devem dar tom em retorno da Assembleia, nesta terça-feira

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São Paulo

A morte de um policial da Rota em Guarujá, na Baixada Santista, deve ser gancho para a bancada da bala na Alesp (Assembleia Legislativa de SP) retomar a cobrança da retirada das câmeras dos uniformes de policiais militares em São Paulo.

O governador havia adotado a medida como promessa de campanha, apesar dos dados mostrando os benefícios das câmeras. Tarcísio, porém, recuou e disse que ouviria especialistas sobre o tema.

Câmera no uniforme de policial militar de São Paulo
Câmera no uniforme de policial militar de São Paulo - Rubens Cavallari/Folhapress

A cobrança de medidas linha-dura deve ocorrer no retorno da Assembleia, nesta terça (1º). A ideia é começar pela proposta de retirar os equipamentos de grupos de elite como a Rota.

Estudos mostraram que, na prática, houve queda tanto nas mortes de policiais quanto de suspeitos após o início do uso dos equipamentos. Mas, na visão de políticos mais ligados aos policiais, o crime organizado estaria se aproveitando do efeito das câmeras sobre os policiais para atacá-los.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmou que oito pessoas foram mortas em supostos confrontos durante megaoperação das forças de Segurança na Baixada Santista, uma resposta à morte de um soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, força de elite da PM paulista), na mesma cidade, na última quinta (27).

No dia da morte do policial, um dos deputados mais próximos da família Bolsonaro, Gil Diniz (PL), citou a questão das câmeras indiretamente em suas redes.

"Enquanto isso, a preocupação de alguns é colocar (ou não retirar) as câmeras no peito desses policiais, de outros, desarmar o cidadão ordeiro, enquanto os verdadeiros criminosos barbarizam a sociedade", escreveu. Após a reação da polícia, ele fez uma postagem apoiando as ações do governo Tarcísio.

Outro deputado do mesmo grupo, Major Mecca (PL), fez um post cobrando que Tarcísio e o secretário da Segurança, Guilherme Derrite, apoiem a polícia e pediu segurança jurídica aos policiais.

A relação entre Tarcísio e deputados da bancada da bala viveu estremecimento após entrevero relacionado a um projeto de aumento de salário dos policiais que incluía desconto de aposentados. O governador recuou sobre o desconto e o projeto foi aprovado.

Além disso, ainda há tensão com o bolsonarismo raiz, devido às idas e vindas de Tarcísio para o centro. A crise escalou quando o governador apoiou a reforma tributária, colocando-se em polo diferente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Tarcísio agora elogiou a ação policial no Guarujá. Os posts do governador sobre o assunto reverberaram nas redes bolsonaristas, o que incluiu o próprio filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro.

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