O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) afirmou nesta segunda-feira (31) que convidará deputados da Comissão de Direitos Humanos da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) para ir até o Guarujá (Baixada Santista) apurar a ação a polícia paulista.
Segundo o parlamentar, que preside a comissão, a visita deve ocorrer na quarta-feira (2), com objetivo de conversar com moradores, uma vez que há relatos de abusos.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmou que oito pessoas morreram em supostos confrontos durante a megaoperação das forças de Segurança na Baixada Santista em resposta à morte de um soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, força de elite da PM paulista).
O deputado afirmou que é preciso apurar contradições entre o discurso do governador e informações da Ouvidoria da Polícia. O número de mortos pode chegar a 12, de acordo com o ouvidor, Cláudio Aparecido da Silva.
Além disso, moradores de Guarujá também relataram que policiais militares torturaram e mataram ao menos um homem, e prometeram assassinar 60 pessoas em comunidades da cidade.
"Eu, pessoalmente, não tenho certeza de uma informação ou da outra [sobre o número de mortes]. Convém, portanto, que façamos uma visita ao Guarujá e possamos lá averiguar", disse ele, acrescentando que também deve ser feita uma representação com pedido de informações à Secretaria da Segurança Pública.
Suplicy afirma que também é importante entender qual é o objetivo da operação de longo prazo anunciada pelo governo, uma vez que o suspeito da morte do policial já foi preso. "Que o governo Tarcísio de Freitas e a Secretaria da Segurança, ao invés da violência e dos gastos numa grande operação, possa usar muito mais da inteligência para superar esse problema do tráfico de drogas", disse.
A Comissão de Direitos Humanos, presidida por Suplicy, é formada por 11 integrantes. Entre eles, também está a deputada Paula da Bancada Feminista (PSOL), que confirmou que à Folha que também vai ao litoral. A parlamentar também afirma ter feito uma representação ao Ministério Público sobre o caso.
O vice-presidente da comissão é o bolsonarista Gil Diniz (PL), que já manifestou apoio à operação em suas redes sociais.
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