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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Lula se queixa de dormência dos movimentos sociais durante o seu governo

Clima morno nos grupos populares progressistas fragiliza a gestão, tem dito o presidente a aliados

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São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem se queixando a aliados próximos de que a mobilização de movimentos sociais tem sido morna durante o seu governo, o que dificulta a discussão de pautas e a implementação de medidas que não são bem recebidas por setores políticos e da economia não alinhados ao petismo ou à esquerda.

O presidente já fez os comentários a lideranças dos próprios movimentos sociais. Com a demanda popular dormente, a avaliação é a de que o governo fica fragilizado diante de pressões da direita e do centrão.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília - Gabriela Biló-5.jul.2023/Folhapress

"Quando um grupo democrático e popular vence as eleições, muitas forças progressistas acham que acabou, que vencemos e que tudo vai ser implementado. Essa ilusão precisa ser trabalhada", diz Paulo Okamotto, presidente da Fundação Perseu Abramo e um dos principais conselheiros de Lula.

"Os projetos precisam de aprovação no Congresso, no Judiciário, na sociedade. Portanto é importante que a gente tenha um processo de discussão na sociedade, para fazer avançar um projeto democrático e popular", afirma.

Segundo o diagnóstico feito pelo presidente e relatado à coluna, parte da esquerda teria perdido contato com os lugares onde moram as pessoas das classes mais desfavorecidas, nos bairros periféricos e favelas, e isso estaria na origem das dificuldades de mobilização atuais.

As dificuldades em identificar as demandas e preocupações dos grupos dos quais historicamente são mais próximos estariam, então, tirando a força de mobilização da esquerda.

Nesse contexto, o PT decidiu retomar os comitês populares de luta, criados no início de 2022 para adensar a interlocução com as bases populares e enfrentar o crescimento do bolsonarismo.

De sábado (25) a segunda-feira (27), os comitês vão realizar ações como panfletagem em locais públicos em pelo menos 14 estados e interações nas redes sociais para debater os impactos da taxa de juros e mobilizar a sociedade, com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, como principal alvo.

"Os avanços nas pautas de que a gente precisa só serão possíveis com muita unidade de ação, principalmente nas bases. E ela [a unidade] será ampliada através do trabalho dos Comitês Populares em todo o Brasil, realizando grandes mobilizações e formações políticas junto aos movimentos sociais e ao conjunto dos partidos de esquerda", disse Mariana Janeiro, secretária nacional de Mobilização do PT.

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