O ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) se reuniu nesta sexta-feira (15) com familiares de Mãe Bernadete, líder quilombola assassinada a tiros em 17 de agosto em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador.
Coordenadora nacional da Conaq (Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos), Mãe Bernadete liderava o Quilombo Pitanga dos Palmares e recebia ameaças havia seis anos, segundo seu filho Jurandir Wellington Pacífico.
Jurandir e dois netos de Mãe Bernadete estiveram com o ministro nesta sexta-feira, acompanhados de representantes da Conaq. Na reunião, eles abordaram a violação aos direitos humanos que acontecem nas comunidade quilombolas no Brasil.
Os participantes também acertaram a construção de um documento com pontos estratégicos para que as comunidades possam avançar na regularização dos territórios quilombolas e nas políticas de trabalho e renda.
O ministério contratou uma consultoria especializada para aprimorar o programa de proteção aos defensores de direitos humanos para quilombolas e indígenas.
A ideia é fazer a análise de risco dos quilombos ameaçados e direcionar medidas eficiente para proteção dessas comunidades. "Nós temos que pensar numa questão de fundo, que são os conflitos fundiários", disse o ministro, defendendo diálogo permanente com as autoridades.
Na segunda-feira (18), a pasta de Silvio Almeida fará uma homenagem à líder quilombola assassinada e projetará a imagem de Mãe Bernadete na fachada do ministério.
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