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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Sabesp

PT planeja ler mais de 1.000 páginas para atrasar privatização da Sabesp

Além disso, PSB, também contrário à venda da estatal, produziu documento, de mais de 200 páginas

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São Paulo

A oposição planeja dar uma canseira na base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na tentativa de postergar a discussão da privatização da Sabesp na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

Nesta quarta-feira (8), a matéria está em fase de leitura do material feito pelo relator, Barros Munhoz (PSDB), durante o chamado congresso de comissões, etapa anterior à discussão em plenário.

Apenas o PT tem um relatório de 1.174 páginas para ler sobre o tema. Segundo os petistas, caso haja pedido de leitura, isso teria que acontecer, a menos que haja algum acordo.

Relatório de 1.174 páginas que PT pretende ler para atrasar privatização da Sabesp
Relatório de 1.174 páginas que PT pretende ler para atrasar privatização da Sabesp - Artur Rodrigues/Folhapress

Entre os deputados do partido, já há até uma divisão informal para a leitura, uma vez que faltará gogó para terminar o calhamaço sozinho.

Além disso, o PSB, também contrário à privatização da Sabesp, tem um relatório de mais de 200 páginas.

Para os opositores de Tarcísio, apenas a fase do congresso de comissões pode levar mais de uma semana para terminar. Ainda mais com uma leitura pausada, respeitando pontos e vírgulas.

Mesmo com apenas 52 páginas, o relatório da base governista se arrasta desde o início da tarde desta quarta (8). Nos cálculos de oposicionistas, que fizeram questão que o deputado lesse o material todo, ele tem seguido em um ritmo de 2m30s por página.

Os demais parlamentares chegaram a oferecer ajuda ao veterano da Alesp, mas ele afirmou que estava lendo "com a alma".

Por volta de 16h30, a leitura foi suspensa devido à necessidade da entrada da ordem do dia na Casa. No entanto, o plano dos governistas é retomar a leitura ainda nesta quarta.

Em seu relatório, Munhoz se esforçou para descolar a privatização da Sabesp do caos envolvendo a Enel em São Paulo.

"O modelo Enel do Brasil é totalmente inferior e diferente do da Sabesp", disse Munhoz, que faz parte da base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O problema envolvendo um setor privatizado no estado virou munição para a oposição ao projeto.

Munhoz citou a existência da chamada 'golden share' no projeto da Sabesp, que permite controles e limites por parte do estado. "Projeto prevê que estado continua na empresa como acionista relevante", diz.

A junção das discussões nas comissões de Infraestrutura, Orçamento e Constituição e Justiça no chamado congresso de comissões faz parte do que a oposição vê como tática para diminuir a discussão sobre o assunto. O ideal, avaliam os oposicionistas, seria a discussão separada em cada uma das comissões.

O congresso de comissões acontece antes mesmo da audiência pública sobre o tema, marcada para o próximo dia 16.

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