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Descrição de chapéu petrobras

Refinaria privatizada do Amazonas vende gás 72% mais caro do que a Petrobras

Levantamento mostra que Ream pratica atualmente o preço mais alto do país na venda dos botijões

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São Paulo

Privatizada em dezembro de 2022, a Refinaria da Amazônia (Ream), em Manaus (AM), hoje pratica o preço mais alto do país na venda do botijão de gás de 13 kg, a R$ 54, enquanto nas unidades da Petrobras o vasilhame sai por R$ 31. A diferença atual, medida pelo Observatório Social do Petróleo, é a maior desde que a refinaria foi desestatizada.

Segundo levantamento do OSP, entre 1º de julho e 18 de outubro o preço do botijão da Ream ultrapassava em 44% o da Petrobras e já registrava diferença recorde. No dia 19 de outubro, a refinaria amazonense aumentou em 19% o preço do gás de cozinha, ampliando ainda mais essa margem. Os dados mostram ainda que Ream foi responsável por 24% da oferta de GLP no Norte do país em 2023 e a Petrobras por 75,8%.

Botijões de gás de cozinha envasados na Revap Petrobras, na zona leste de São José dos Campos
Botijões de gás de cozinha envasados na Revap Petrobras, na zona leste de São José dos Campos - Lucas Lacaz Ruiz-25.mar.2015/Folhapress

No comparativo com as refinarias privadas, o botijão da Ream custa, em média, R$ 13,34 (32,5%) mais caro. A Refinaria de Mataripe, na Bahia, vende o vasilhame de GLP a R$ 39,14, e a Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC), no Rio Grande do Norte, a R$ 43, ou seja, R$ 15,27 (28,1%) e R$ 11,41 (21%) a menos, respectivamente, do que o cobrado pela Refinaria da Amazônia.

Para o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), entre todas as refinarias da Petrobras que foram privatizadas, a venda da Reman, atual Ream, foi certamente a mais trágica para a população local.

"Todos os produtos hoje vendidos por ela são mais caros do que os da concorrência e até do Preço de Paridade de Importação, o PPI. Isso contrasta com o período anterior à privatização, quando os preços dessa refinaria eram inferiores aos das outras unidades da Petrobras. Atualmente, vemos uma diferença exagerada no preço do GLP. Como o botijão pode ser 72% mais caro? É difícil encontrar uma justificativa", afirma Dantas.

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