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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Confederações querem manter desigualdade salarial de mulheres, dizem centrais

Entidades patronais entraram com ação no STF argumentando que lei desconsidera 'hipóteses legítimas de diferenças salariais'

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Brasília

Centrais sindicais criticaram nesta quinta-feira (14) a decisão das confederações da Indústria (CNI) e de Bens, Serviços e Turismo (CNC) de entrarem com ações no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a Lei de Igualdade Salarial e afirmaram que as entidades querem manter a diferença salarial entre homens e mulheres.

Confederações da indústria e comércio vão ao STF contra trechos da Lei de Igualdade Salarial
Confederações da indústria e comércio vão ao STF contra trechos da Lei de Igualdade Salarial - Getty Images

A nota é assinada pelos presidentes da CUT (Central Única dos Trabalhadores), da Força Sindical, da UGT (União Geral dos Trabalhadores), da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).

No documento, as centrais afirmam que a CNI e a CNC tentam destruir no Supremo a lei, que prevê salário igual entre homens e mulheres na mesma função sob pena de multa.

Os sindicatos ressaltam que "não se trata de um projeto de um governo ou de uma parcela da sociedade, mas que foi aprovado por ampla maioria no Congresso Nacional, com apoio de partidos de diferentes orientações políticas."

As centrais rebatem o argumento das confederações de que há hipóteses em que a diferença é justificada e lembram que a lei deixa claro que os salários devem ser iguais para pessoas que desempenham a mesma função e cumprem a mesma carga horária. "Nada justificaria tal diferença a não ser, justamente, a questão de gênero", afirmam.

"Os representantes patronais desconsideram até mesmo dados econômicos que seriam relevantes para seus próprios interesses, uma vez que estudos demonstram que o fim de práticas discriminatórias contra as mulheres no mercado de trabalho estimularia o crescimento econômico, conforme apontou relatório recente do Banco Mundial", continua a nota.

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