O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, defendeu um acordo coletivo entre autônomos, embarcadores e transportadores para resolver o impasse da tabela do frete. Ele está reunido com a categoria desde as 15h nesta quarta-feira (24) em Brasília.
"Acordo gera engajamento, gera segurança jurídica. Segurança jurídica para o transporte é o que todo mundo está querendo. Uma coisa é impor a tabela goela abaixo, outra coisa é todo um setor dizer que assinou o acordo", disse o ministro na reunião com autônomos que acontece fechada à imprensa.
"Quero estar com tudo assinado até a semana que vem", afirmou.
Até as 18h30, o acordo ainda não tinha definição. A fala do ministro foi gravada em vídeo filmado por caminhoneiros e confirmado por lideranças presentes na audiência à Folha.
O ministério ainda não se pronunciou.
Durante a audiência, o líder caminhoneiro Wanderlei Alves, Dedeco, apresentou uma versão para a tabela da ANTT e da Esalq, divulgada na quinta-feira (18) e revogada na segunda-feira (22), depois de ameaça de paralisação na categoria.
Elaborada por um grupo de motoristas e entregue a Tarcísio, a proposta reajusta em 19,6% os custos da tabela.
"Esses 19% faltaram na composição do estudo, no nosso custo operacional. Por isso ela veio tão baixa", afirma o motorista.
Cerca de 150 representantes de autônomos foram a Brasília para a audiência. O valor não é unanimidade entre motoristas.
Com a revogação da tabela da Esalq na segunda, voltou a valer a tabela criada durante o governo Temer, uma reivindicação dos caminhoneiros para cessar a paralisação de 2018, motivada pelo aumento do diesel.
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