Com a economia ainda fraca, varejo e indústria acompanham a volatilidade do câmbio. Caso se firme em patamar mais elevado, haverá dificuldade em repassar para os preços dos produtos.
“Como as importações foram feitas no passado, com câmbio menor ou hedge, se protege o produto por um tempo. Precisamos ficar atentos à permanência do dólar em patamar mais elevado, que pode gerar efeito negativo”, diz o assessor econômico da FecomercioSP, Guilherme Dietze.
Thiago Berka, economista da Apas (associação paulista de supermercados) estima que talvez venha algum aumento, mas pouco grave, em produtos de higiene e beleza e limpeza porque têm componentes vindos do exterior.
Na indústria farmacêutica, que tem 95% de matéria-prima importada, qualquer oscilação incomoda, afirma Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma (sindicato do setor). Mas é quase impossível repassar, segundo ele. Além do tabelamento de preços, a concorrência se aprofunda na economia parada.
O setor cafeeiro espera que a alta não se prolongue, diz Ricardo Silveira, presidente da Abic, associação da indústria do café.
“A alta do dólar não estava no plano, mas a expectativa é que não dure muito. Estamos em plena colheita, por isso o valor já está baixo. Sempre é um baque quando sobe demais, mas os preços se acomodam.”
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