Alô, concentração A notícia de que a mineira Algar se uniu ao fundo global Digital Colony para disputar a compra da operação de telefonia móvel da Oi foi recebida com alívio por quem acompanha a novela da companhia no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A avaliação dentro da autarquia é a de que não há chances de aprovar uma transação em que um consórcio formado por Tim, Claro e Vivo levasse a Oi, conforme o projeto apresentado pelas gigantes na sexta (17).
Boi na linha A preocupação concorrencial é a possibilidade de o trio das grandes companhias vir a fatiar o mercado por estados em pedaços equivalentes, de modo que cada um ficasse com cerca de 33%. Quando isso acontece, segundo análises antitruste, os incentivos para a competição ficam reduzidos.
Três é demais Quando Tim e Vivo comunicaram ao mercado, em março, que tinham interesse em abrir, juntas, as tratativas para uma potencial aquisição do negócio móvel da Oi, já causou desconforto nos bastidores do Cade. A entrada da Claro no grupo foi vista como exagero na autarquia.
Sem fio A chegada de novos competidores para disputar a Oi alivia a tensão quanto ao futuro dela, mas também é vista com cautela porque na oferta apresentada por Claro, Vivo e Tim elas dizem que pediram o direito de cobrir eventuais lances de outras empresas, o que pode prolongar a indefinição, estressando financeiramente ainda mais a empresa em recuperação judicial.
Déjà-vu Especialistas em concentração de mercado comparam o cenário atual da Oi com a situação da Avianca Brasil no ano passado, quando as concorrentes Azul, Latam e Gol passaram a disputar a empresa em recuperação judicial. A escalada elevou a expectativa dos credores mas não deu em nada.
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