Na vitrine Enquanto o Amapá sofre com as consequências dos apagões ocorridos neste mês, os estudos para a privatização da CEA, a distribuidora de energia do estado, avançam no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Um dos principais pontos que ainda estão em discussão é a dívida de R$ 2 bilhões da companhia estatal. O banco de fomento busca uma renegociação com o estado e os credores da empresa para garantir a atratividade do ativo quando for à venda.
Embora a situação financeira da distribuidora seja delicada e ela precise fazer investimentos para melhorar o atendimento à população, executivos do setor consideram que o negócio tem potencial para despertar interesse. Medida provisória editada em setembro fixou prazo até 30 de junho para a venda.
A maior parte da população a ser atendida se concentra em duas cidades, Macapá, a capital, e Santana, o que facilita a operação da distribuidora. As causas dos apagões deste mês ainda estão sendo investigadas, mas o problema começou na rede de transmissão, que é privada —e não na distribuidora estadual.
Entre as distribuidoras de energia das regiões Norte e Nordeste que foram administradas no passado pela Eletrobras, a CEA é a única que ainda não passou para a iniciativa privada. Ela opera atualmente em caráter precário, com contrato de concessão vencido.
Bolso Os empresários chegam a Black Friday menos otimistas do que em 2019, segundo pesquisa da Boa Vista com 600 executivos. Conforme o birô de crédito, 66% dizem esperar neste ano vendas iguais ou superiores as de 2019. No ano passado, 86% dos respondentes acreditavam que teriam resultados melhores ou semelhantes aos da edição anterior do evento de promoções.
Desembarque Um dos setores mais impactados pela crise do coronavírus, a aviação parece ter começado a sentir os efeitos da segunda onda da Covid-19 nos Estados Unidos. A United Airlines afirmou nesta quinta-feira (19) que na última semana detectou queda no número de reservas e aumento dos cancelamentos de voos.
O Alaska Air Group informou que novas medidas de restrição dos governos locais tiveram efeito negativo imediato na demanda. Também na quinta, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA recomendou que os americanos adiem viagens e fiquem em casa no Dia de Ação de Graças, que será comemorado no dia 26.
Taxímetro Concluído no início desta semana, o trabalho dos monitores nomeados pelo Ministério Público Federal e pelo Departamento de Justiça dos EUA para verificar o sistema de controles internos da Odebrecht ficou suspenso por mais de seis meses por falta de pagamento em 2019 e foi retomado pouco antes do início da quarentena neste ano.
O relatório final ainda precisa ser avaliado pela força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, responsável pelo acompanhamento do acordo de leniência firmado em 2016, quando a Odebrecht reconheceu os crimes cometidos por seus executivos e passou a cooperar com a Justiça.
Os monitores retomaram o trabalho após a demissão de Marcelo Odebrecht, em meio ao acirramento de suas desavenças com o pai, Emílio. Acusações de Marcelo contra o atual presidente do grupo, Ruy Sampaio, aliado de Emílio, foram descartadas após investigação interna, com aval dos monitores.
Cheque O Google decidiu doar R$ 2,5 milhões para organizações que promovem equidade racial no Brasil. Os recursos serão destinados ao Fundo Baobá, que deverá apoiar dez organizações lideradas por negros, e para o Núcleo de Pesquisa em Justiça Racial e Direito da FGV Direito, liderado pelos professores Thiago Amparo, colunista da Folha, e Marta Machado.
Lado a lado A Nestlé lançou nesta semana seu primeiro programa de mentoria para profissionais negros, com 30 vagas e duração de seis meses. O objetivo é dar suporte para que integrantes do grupo atinjam cargos de gerência. Segundo a Nestlé, os funcionários selecionados serão orientados por mentores designados pela empresa, com quem terão encontros mensais.
Na Folha Nesta quinta (19), Luiz Frias, publisher da Folha, adquiriu ações da holding Folha Participações S.A., controladora da Empresa Folha da Manhã S.A., à qual pertence a Folha. Com essa aquisição, Luiz Frias passa a deter 58,79% do total de ações da holding.
Ricardo Balthazar (interino), com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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