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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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'É uma vergonha, revoltante', diz diretor do Bandeirantes sobre proibição de volta às aulas

Para Mauro Aguiar, interesses de sindicato não contemplam o aluno

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São Paulo

Mauro Aguiar, diretor do Colégio Bandeirantes, subiu o tom nesta sexta-feira (29) ao comentar a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que impediu a retomada das atividades presenciais nas escolas públicas e particulares do estado.

"É uma vergonha. É revoltante", disse Aguiar ao Painel S.A.. Ele criticou o sindicato dos professores Apeoesp e a postura da juíza Simone Casoretti, que suspendeu a reabertura.

Aguiar disse que nos últimos 25 anos, o sindicato foi contrário a reformas educacionais aplicadas em países civilizados. "Eles estão sempre contra as reformas para defender um pequeno núcleo que é eterno. Essa Bebel [Izabel Noronha, presidente da Apeoesp e deputada estadual] está eterna. São interesses que não têm nada a ver com o aluno e com o jovem", disse.

Criticando também a decisão da juíza, ele afirma que ela está mexendo com a vida de milhões de famílias que, diferentemente da elite, não têm onde deixar os filhos para irem trabalhar e não têm merenda escolar.

"É uma vergonha que o Poder Judiciário em primeira instância tenha aceitado essas alegações sem ouvir a secretaria, que tem todos os estudos científicos, várias pesquisas nacionais e internacionais mostrando que o prejuízo é incrivelmente maior e que o risco é pequeno, principalmente em relação aos alunos mais humildes", disse o diretor do Bandeirantes. ​

Procurada, a Apeoesp diz, em nota, que Aguiar recorre a "grosseira e falsificações para defender interesses de sua empresa privada". Também afirma que defende questões que importam para professores, estudantes, funcionários das escolas, pais e mães.

Izabel Noronha, presidente da Apeoesp e deputada estadual, diz que foi eleita cinco vezes para o cargo na entidade, "Isto se chama legitimidade", afirma. ​

com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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