A Apas (Associação Paulista de Supermercados) afirmou nesta quinta (7) que a exclusão de classes de produtos do fim da isenção fiscal, anunciada pelo governo de São Paulo na noite de quarta (6), não atingirá toda a cadeia e impactará preços aos consumidores e às classes menos favorecidas.
Eles referem-se a uma publicação do governador João Doria (PSDB) em suas redes sociais. Ele afirmou que, em sua gestão, "nada será feito em prejuízo da população mais vulnerável".
Na noite de quarta, o governo retirou do veto à renúncia total ou parcial de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) insumos agropecuários para a produção de alimentos e medicamentos genéricos.
Durante o dia, redes supermercadistas elaboraram um documento com sete ações para barrar o aumento de imposto. Elas incluíam apoio a funcionários que pretendessem participar de protestos pacíficos e tratoraços e artes e cartazes de manifestação contra a alta de preços.
O governo de São Paulo justificou sua decisão diante do agravamento da crise de coronavírus. Em nota, afirmou que está comprometido em atender os interesses da população de menor renda, "e agora mais vulnerável aos efeitos da pandemia, do desemprego, e a partir de janeiro, sem a renda emergencial que vigorou até dezembro último".
"A redução de benefícios do ICMS poderia causar aumento no preço de diversos alimentos e medicamentos genéricos, principalmente para a população de baixa renda. Decidimos assim suspender a vigência dos decretos estaduais que autorizam redução de benefícios fiscais do ICMS para insumos agropecuários para a produção de alimentos e medicamentos genéricos", disse Doria.
Paula Soprana (interina), com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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