Às vésperas da abertura de capital da Deliveroo, empresa britânica de entrega de comida por aplicativo, grandes investidores manifestam desinteresse em apostar na companhia por causa da relação de trabalho com os entregadores.
A Deliveroo espera atingir valor de mercado de 8,8 bilhões de libras (R$ 68,5 bilhóes). Porém, empresas de investimento como BMO Global, CCLA, Aberdeen Standard e Aviva dizem que não comprarão seus papéis. É que os gestores dessas firmas vêm apontando o relacionamento com os trabalhadores no Deliveroo como uma bomba-relógio.
A pressão sobre a empresa aumentou após a divulgação de uma análise do Bureau of Investigative Journalism (escritório de jornalismo investigativo) que, ao observar pagamentos recebidos por 300 entregadores, afirma que um em cada três deles pode ganhar menos do que um salário mínimo por turno de trabalho.
Ao ser questionada, a startup afirma que os entregadores valorizam a liberdade oferecida pela empresa, que lhes permite definir o horário de trabalho. Diz também que a amostra analisada no levantamento não é significativa.
Com Filipe Oliveira e Andressa Motter
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