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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Brasil barato pode impulsionar salário de executivo de multinacional no país

Home office permitiu que profissionais do Brasil ocupem vagas dos EUA que seriam remuneradas em dólar

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São Paulo

Empresas de recrutamento têm notado um avanço na demanda por executivos brasileiros em multinacionais que operam no país e até mesmo em companhias estrangeiras que não atuam por aqui.

A tendência é mais um desdobramento da adoção do home office, mas ganha força com o câmbio, que reduz o custo do profissional brasileiro. Ao mantê-los em teletrabalho no Brasil, em vez de abrir a vaga nos Estados Unidos ou na Europa, é possível pagar um salário maior pesando menos para o empregador.

Segundo Lucas Toledo, diretor do PageGroup, vale a pena para as companhias remunerar esses funcionários em real. E ainda possibilita um aumento no salário do profissional. ​

Em vez de pagar o equivalente a US$ 7.500 mil por mês lá, a empresa pode pagar cerca de US$ 5.000, o que daria mais de R$ 25 mil por aqui.

“São cargos para um profissional no topo da faixa salarial, que fala inglês, e de áreas como engenharia, saúde, vendas globais e tecnologia”, afirma Toledo.

Marcelo Apovian, sócio da consultoria Signium, especializada em recrutamento, diz que o Brasil sempre foi um polo de origem de bons executivos porque a dinâmica turbulenta da economia brasileira desenvolve habilidades valorizadas.

"Entre 2010 e 2016, o Brasil era muito caro. A gente tinha que convencer os estrangeiros que o diretor financeiro aqui ganharia mais que o chefe dele na França. Agora inverteu", diz Apovian.

Segundo ele, o momento está favorável para vagas na área de tecnologia, com profissionais de programação que ganhavam em média R$ 15 mil passando a receber cerca de US$ 5 mil no home office.

Ele ressalva que o trabalho a distância é mais difícil para profissionais que possuem grandes equipes.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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