Após uma reunião com a Polícia Civil de São Paulo e o Mercado Livre nesta quinta-feira (19) para falar sobre a venda de produtos ilegais por terceiros na plataforma, Fernando Capez, diretor-executivo do Procon-SP, diz que o órgão prepara um termo de cooperação que deve ser assinado nas próximas semanas.
"Muitos criminosos estão usando a plataforma para vender itens roubados e produtos para praticar aborto. O Mercado Livre está assumindo uma postura de credibilidade diante das autoridades", afirma Capez.
Segundo ele, com o termo de cooperação, o Mercado Livre poderá responder as notificações enviadas pelo órgão de defesa ao consumidor e pela Polícia Civil com maior agilidade. "É um avanço grande porque não vamos mais precisar de uma ordem judicial para retirar esses produtos", afirma Capez.
Ele diz que a assinatura do termo abre precedentes para que o Procon-SP faça a mesma proposta para outros marketplaces, além de acelerar investigações policiais.
Procurado pelo Painel S.A., o Mercado Livre diz que está à disposição para firmar o termo de cooperação. A empresa afirma que investe no combate ao mau uso da plataforma e atua de forma proativa para identificar e excluir anúncios e vendedores em desacordo com suas políticas e a legislação.
Sobre o anúncio de medicamentos e itens roubados no Mercado Livre, a companhia diz que os produtos são identificados e excluídos rapidamente e geram dados para investigações pelo poder público.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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