Sindicatos de frentistas querem derrubar uma tentativa de implementar bombas de autoatendimento nos postos de combustíveis.
A proposta apresentada pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) em uma emenda à Medida Provisória assinada em agosto que permite a venda direta de etanol entre usinas e postos.
Eusébio Neto, presidente da Fenepospetro (Federação Nacional dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados de Petróleo), se reuniu nesta terça-feira (14) com o deputado e outras lideranças sindicais em Brasília para discutir o assunto.
“Estamos com alto índice de desemprego e essa medida ameaça o serviço de 500 mil trabalhadores do setor”, afirma Neto.
As entidades também argumentam que a dispensa dos frentistas pode trazer riscos à segurança dos consumidores nos postos. Neto diz que os profissionais são capacitados para exercer a função e aprendem a evitar incêndio.
Ele também afirma que a automatização pode prejudicar pequenos e médios proprietários de postos que terão mais dificuldade para investir na atualização das bombas.
Neto avalia que a reunião com Kataguiri foi positiva porque as entidades conseguiram expor os argumentos contra a medida. O deputado e os sindicalistas também planejam um novo encontro com empresas do setor.
"Ficamos de pensar em alguma transição juntos, algo como cinco anos para os frentistas se qualificarem, e então abolir a lei", afirma Kataguiri.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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