Além do presidente Bolsonaro e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que têm sido criticados por comemorar o nascimento da companhia aérea Itapemirim, que hoje deixa os passageiros no chão, outro político também embarcou no sonho do empresário Sidnei Piva de entrar no mercado de aviação.
Foi em uma das comitivas do governador João Doria aos Emirados Árabes, em março de 2020, que Piva, presidente do Grupo Itapemirim, anunciou uma promessa de aporte superior a R$ 2 bilhões de um dos fundos soberanos locais para criar sua companhia aérea.
Em suas viagens ao exterior, o tucano costuma comemorar números estratosféricos de investimentos prometidos por estrangeiros. Naquela viagem, o governador anunciou que outras sete empresas presentes na comitiva fecharam negócios capazes de movimentar mais de US$ 3 bilhões para companhias paulistas em 12 meses.
Naquela época, a empresa de Piva já estava em recuperação judicial e já tinha tentado comprar a Passaredo, em 2017, para voar rotas regionais na modalidade de baixo custo.
Piva, cujos projetos recebiam olhares céticos do mercado, também falava que participaria de todas as concessões de aeroportos do país. O investimento bilionário que ele alardeava, porém, não chegou.
com Andressa Motter e Ana Luiza Tieghi
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