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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Fornecedores preveem autoteste de Covid no mercado em algumas semanas

Tempo depende da liberação dos registros pedidos na Anvisa, dizem empresas

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São Paulo

Fornecedores de testes para Covid-19 já vinham se preparando para a aprovação da venda dos autotestes no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Assim que saiu o aval, nesta sexta-feira (28), as empresas já começaram a se movimentar para levar seus produtos às prateleiras.

A Eco Diagnóstica espera liberar seus autotestes no mercado dentro de três semanas. O tempo leva em conta o registro do exame na Anvisa e a adaptação das embalagens, porque os exames serão os mesmos já vendidos pela fabricante para os laboratórios e farmácias, diz Vinicius Pereira, presidente da empresa.

Segundo ele, os autotestes devem chegar ao consumidor final com preço entre R$ 49,90 e R$ 69,90 —abaixo das versões disponíveis atualmente, porque não há o serviço de aplicação incluso, afirma Pereira.

A NL Diagnóstica diz que terá duas versões do teste e precisa de 15 dias após a autorização de seu registro na agência para estar com o produto no mercado.

Autotestes de Covid produzidos por empresa na França - Damien Meyer/AFP

A Vyttra, que fabrica testes de sorologia, está estudando qual será o preço da unidade, que também deve ser mais barata para o consumidor do que o valor praticado hoje nas farmácias. A empresa diz que vai levar seu pedido à Anvisa em até duas semanas. Se voltar rápido, a estimativa é que chegue ao mercado até o fim de fevereiro.

Segundo a Vyttra, antes de colocar à venda, algumas etapas processuais e avaliações técnicas precisam ser cumpridas, como a certificação de que um leigo conseguirá aplicar o autoteste. Os fornecedores terão ainda de produzir embalagens unitárias do produto.

A Roche Diagnóstica afirma que já pediu registro na Anvisa para seu autoteste nasal que identifica Covid, e estima que os brasileiros tenham acesso ao exame cerca de um mês após a aprovação. Segundo a farmacêutica, o tempo para disponibilizar os testes leva em conta a autorização e o processo de importação dos reagentes.

A importadora MedLevensohn diz que está nas tratativas finais com os fornecedores internacionais para trazer o produto para o Brasil. O tamanho da primeira remessa dependerá da demanda do mercado, segundo a empresa, que ainda não divulga quando deve começar a venda dos exames.

​A Siemens Healthineers também prepara seu requerimento para protocolar na agência reguladora, com estimativa de início das vendas em poucas semanas após a aprovação.

A Anvisa diz que espera receber os primeiros pedidos de registro nos próximos dias.

A diretoria colegiada da agência autorizou de maneira unânime a venda de autoteste no Brasil para triagem da Covid-19. A decisão ocorreu após o Ministério da Saúde enviar uma nova nota técnica com proposta de política pública para a utilização do exame.

Em reunião anterior, no dia 19 de janeiro, a Anvisa não havia aprovado o uso do autoteste no Brasil. Para a agência, a primeira nota da Saúde apresentava lacunas, por exemplo, sobre como notificar a confirmação da infecção e de que forma orientar os pacientes.

Já utilizado em outros países, os autotestes ainda eram proibidos no Brasil por causa de uma resolução da Anvisa de 2015.

com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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