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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Potencial do mercado de jogos de azar no Brasil ainda é incerto

Tamanho deve ser menor do que o previsto em projeto de lei, estima especialista favorável à liberação

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São Paulo

Ainda é incerto o tamanho do potencial de mercado que o Brasil terá caso avance na aprovação da lei dos jogos de azar, liberando jogo do bicho, bingo e cassino.

Para Magno José Sousa, presidente do IJL (Instituto Jogo Legal), que defende a abertura do mercado, há espaço para cerca de 600 bingos, 7 cassinos grandes e 12 menores.

Bingo - gpa - stock.adobe.com

Pelas regras do projeto de lei sobre os jogos de azar aprovado pela Câmara na semana passada, haveria condições para mais: 33 cassinos e 1.420 bingos licenciados, estabelecidos conforme a população de cada estado ou município. Esses números podem subir por causa da liberação de navios com estrutura para jogos e instalação em hotéis.

"O que a lei define é um parâmetro pela população, mas o número de fato vai depender das características do mercado e se vai haver interesse no investimento. Nem toda cidade com a população mínima comporta um bingo. O importante é tirar o jogo da ilegalidade, regulamentar e depurar isso", afirma Sousa.

No caso do jogo do bicho, ele estima que o número deve ficar mais próximo ao previsto no projeto, perto dos 300.

Na opinião de Sousa, a legalização terá condições de evitar a lavagem de dinheiro com mecanismos para controlar o uso de cédulas e identificar todos os apostadores com registro dos prêmios acima de R$ 10 mil. Ele defende a expansão das máquinas de caça-níquel no projeto.

"Essas máquinas não vão sumir da noite para o dia. Se elas não forem liberadas nos pequenos estabelecimentos, podem acabar migrando para estruturas criminosas, milícias e organizações criminosas", afirma.

O texto ainda será analisado pelo Senado e para virar lei depende de sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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