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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu petrobras

Pressão de Bolsonaro para Petrobras baixar preço não anima caminhoneiro nem motorista de app

Presidente disse ter certeza de que estatal vai reduzir valor dos combustíveis

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São Paulo

A cobrança do presidente Bolsonaro para que a Petrobras reduza o preço dos combustíveis diante do recuo na cotação do petróleo nos mercados globais não animou caminhoneiros e motoristas de aplicativo. Eles dizem que permanecem na espera pela suspensão do vínculo do preço do petróleo no Brasil ao dólar, pressão antiga da categoria.

Na imagem, rodas de caminhões
Caminhões enfileirados - Pixabay

É "tapar o sol com a peneira", na opinião de Wallace Landim, o Chorão, líder dos caminhoneiros na paralisação de 2018.

"Nós vamos continuar atrelados à moeda americana. Aí, no próximo aumento lá fora, aumenta aqui novamente", afirma.

José Roberto Stringasci, presidente da ANTB (Associação Nacional de Transporte do Brasil), também considera paliativo.

"Espero que com toda essa pressão que está sendo colocada pelo governo, a Petrobras baixe um pouco o preço, para tentar acalmar a categoria. Mas é melzinho na chupeta do povo mais uma vez", diz.

Segundo Stringasci, empresas de menor porte já estão dispensando caminhoneiros. Apesar da situação, ele afirma que a categoria descarta a organização de uma greve neste momento, contrariando comentários levantados nos últimos dias.

"Essas reduçõezinhas não vão resolver nada. O presidente da República não quer tomar a atitude que ele tem que tomar. E é só ele com a diretoria da Petrobras que pode fazer isso. É mudar essa política de preços"

Entre os motoristas de aplicativo, a fala de Bolsonaro também não empolgou. Eduardo Lima de Souza, presidente da Amasp (Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo), diz que teria de reduzir muito para dar uma sensação de alívio, o que ele não acredita que vá ocorrer.

"Depois de aumentar 18,8%, certamente, essa tal redução não passa de 3%", afirma.

Nesta terça (15) , durante cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse ter certeza de que a Petrobras vai reduzir o preço dos combustíveis para acompanhar a nova oscilação do barril no mercado internacional.

Na semana passada, a estatal anunciou um mega-aumento de 24,9% no diesel e 18,8% na gasolina.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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