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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Congresso Nacional

Pressão política fez aumentar diretoria da Antaq

Para liberar nome de Bolsonaro, Congresso forçou criação de mais duas vagas na diretoria da agência que cuida da navegação portuária

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Brasília

Pressão política por mais vagas em agências reguladoras fez aumentar o número de assentos na diretoria da Antaq. O conselho da Agência Nacional de Transportes Aquaviários passou de três para cinco integrantes.

Inicialmente, a reestruturação foi apresentada ao presidente da agência, Eduardo Nery, com um enxugamento orçamentário: ele teria de cortar uma superintendência, o que comprometeria o desenrolar dos processos.

Diante da resistência, foram criadas duas novas vagas na diretoria e o Senado e a Câmara fizeram as indicações. A ampliação será custeada com aumento de despesa de pessoal e a superintendência foi preservada.

Imagem mostra navio atracado em porto.
Porto Paranaguá, no estado do Paraná - Eduardo Anizelli - 7.set.18/Folhapress

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), indicou Caio Farias para uma das vagas. Ele é filho de PC Farias, ex-tesoureiro da campanha de Fernando Collor de Mello. O presidente do Senado indicou o ex-superintendente de outorgas, Alber Vasconcellos.

Esse arranjo ocorreu com a mediação dos ministérios da Economia e o da Infraestrutura que, com a ampliação da diretoria da Antaq, conseguiram destravar a indicação do vice-almirante Wilson Pereira de Lima Filho para outra vaga (a terceira) que estava aberta.

Lima foi indicado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro meses antes, mas o nome ficou parado no Congresso à espera da reestruturação da Antaq.

Com a saída de Tarcísio de Freitas do Ministério da Infraestrutura para disputar o governo de São Paulo, o presidente do Senado conseguiu barrar as indicações do governo na ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Davi Barreto, indicado de Tarcísio, seria presidente, mas foi preterido. Ele conduzia o processo de abertura do mercado de transporte interestadual, mas perdeu força.

O assunto está travado no gabinete do ministro do TCU Antonio Anastasia, que, segundo interlocutores, avalia a derrubada de uma portaria que abre o setor para empresas como Buser e outras, que operam por meio de aplicativos.

Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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