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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Advogados receiam entraves em acordo com credores no caso Americanas

Cresce o alerta de desvantagem para alguns grupos, segundo especialista

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São Paulo

Um acordo entre os credores da Americanas para melhor viabilizar a recuperação judicial pode acontecer, segundo especialistas, porém, advogados levantam alertas com ressalvas e possíveis entraves no processo.

Para o advogado Thomas Felsberg, que representa alguns credores quirografários (aqueles que não contam com nenhum tipo de garantia), o medo é que haja um desequilíbrio no plano de recuperação judicial, dando vantagem a certos grupos.

"A minha preocupação é que esse acordo seja feito sem levar em conta os direitos de debenturistas, bondholders e outros credores, que, a rigor, são maioria", diz.

Felsberg defende que, para uma recuperação justa, o trio dos bilionários acionistas de referência ofereça um aporte considerável.

O advogado Filipe Denki, especialista em recuperação judicial, diz que não prevê embate entre credores se a Americanas conseguir a aprovação necessária para seguir com a recuperação judicial. No entanto, ele alerta para as investidas de bancos que tentam bloquear recursos na Justiça.

"É de suma importância que os credores, como um todo, cooperem para o processo de recuperação judicial sob pena de inviabilizar toda a reestruturação. É melhor pensar em uma maneira de apoiar a recuperação ou ninguém vai receber nada", afirma.

Pessoas caminham pela entrada de uma loja da Americanas.
Entrada de uma loja da Americanas no shopping Nova América - Mauro Pimentel - 29.jan.23/AFP

Carolina Oliveira, sócia do escritório Campos e Antonioli Advogados Associados, afirma que não só o devedor –neste caso, a Americanas– pode cometer fraude como também os próprios credores. Para que seja considerado crime, porém, é necessário que seja imposta desvantagem a um credor em favorecimento de outro, diz ela.

"Todo o mundo que agir de má-fé com a intenção de prejudicar pode efetivamente responder uma investigação", afirma Oliveira.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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