A Binance divulga relatório nesta quinta (19) que mostra aumento de 15% na base de clientes institucionais ativos no Brasil no quarto trimestre de 2022.
Segundo a empresa, o mercado brasileiro é um dos dez maiores da corretora de criptomoedas no mundo, e o avanço aconteceu mesmo durante o chamado "inverno cripto", em que as cotações de Bitcoin e Ethereum despencaram mais de 50%. A empresa não divulga o tamanho da base de clientes.
O relatório global da companhia para 2022 aponta um crescimento de 65% entre clientes institucionais, com expansão em negócios de alta renda.
No meio do ano passado, a corretora deixou a parceria que tinha no Brasil com a Capitual desde 2020, após questões de regulação do Banco Central. A troca gerou problemas judiciais, com processos de clientes que tiveram problemas em sacar o dinheiro investido em criptomoedas. A companhia disse que o caso já foi solucionado.
Entre os percalços de 2022, no fim do ano passado, a corretora de moedas digitais sofreu com uma onda de fortes saídas de criptomoedas, registrando saques de US$ 1,9 bilhão (R$ 10,1 bilhões) em 24 horas, segundo a empresa de dados blockchain Nansen. No dia seguinte, a Binance anunciou que os depósitos começaram a retornar.
A turbulência atravessada pelos bitcoins abalou concorrentes como a FTX, que declarou falência em novembro e é apontada como responsável por um dos maiores esquemas de fraude do mercado financeiro no mundo.
A Binance chegou a fazer uma oferta de compra para a FTX, mas retirou a proposta logo após a divulgação dos casos de fraude comandada pelo dono da companhia, Sam Bankman-Fried. Até então, a FTX era a terceira maior plataforma de criptomoedas do mundo.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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