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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Banco Central

Deputado quer presidente do BC proibido de apoiar ou criticar políticos

Eduardo Bismarck (PDT-CE) apresentou novo projeto de lei sobre autonomia da instituição

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São Paulo

O deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) apresentou um projeto de lei que pede a proibição de atividades político-partidárias por parte do presidente e dos diretores do Banco Central.

Segundo a proposta, levada à Câmara pelo parlamentar antes do Carnaval, a cúpula da autoridade monetária fica proibida de apoiar ou criticar candidatos, lideranças e partidos.

O deputado afirma que o BC tem autonomia para cumprir metas sem a interferência do governo, inclusive com os mandatos em ciclos opostos aos do presidente da República, mas critica suposta ligação de Roberto Campos Neto, presidente do órgão, ao bolsonarismo.

"Se o BC precisa de autonomia em relação ao governo para tomar suas decisões de forma neutra, pressupõe-se que seus diretores —e, principalmente, o seu presidente— não deveriam possuir nenhum tipo de envolvimento político-partidário. Não é isso, contudo, o que se observa na conduta do presidente Roberto Campos Neto, uma vez que há diversos indícios de sua relação de proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro", argumenta o deputado na defesa da proposta.

Bismarck cita matéria da Folha que revelou a presença de Campos Neto em um grupo de WhatsApp de ex-ministros de Bolsonaro. Menciona também a participação do presidente do BC em eventos de bolsonaristas e questiona o uso da camiseta da seleção, símbolo do ex-presidente, para votar no ano passado.

Procurado pelo Painel S.A., o BC não quis comentar.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

O ex-presidente Jair Bolsonaro e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília
O ex-presidente Jair Bolsonaro e Roberto Campos Neto (Banco Central), durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília - Raul Spinassé - 24.fev.2021/Folhapress

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