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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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CCR demite cem funcionários após investigação sobre fraude em plano de saúde

Caso semelhante aconteceu no Itaú no mês passado

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São Paulo

O Grupo CCR demitiu mais de cem profissionais depois de uma investigação interna que, segundo a empresa, detectou uso indevido do benefício de reembolso do plano de saúde.

Ainda segundo a companhia, os cortes ocorreram nos últimos meses, e a investigação apontou um custo adicional superior a R$ 12 milhões para a empresa em cinco anos.

Os casos envolvem principalmente os tratamentos de estética e emagrecimento, RPG e acupuntura. "Os fraudadores dividiam o valor de procedimentos não praticados, superfaturados ou desnecessários com profissionais ou clínicas de saúde de fachada", diz a empresa em nota.

Segundo a CCR, o caso envolve falhas no processo realizado pelas operadoras de saúde que fazem o reembolso. A estimativa é que as fraudes encareçam o custo do plano de saúde entre 5% e 10%, tanto para empresas como para colaboradores.

A CCR descobriu um esquema de fraude no plano de saúde dos funcionários
A CCR descobriu um esquema de fraude no plano de saúde dos funcionários - Gabo Morales - 04.out.2016/Folhapress

Situação semelhante aconteceu no mês passado, no Itaú, com a demissão de 80 funcionários.

Segundo o banco, houve má conduta dos trabalhadores no pedido de reembolso de consultas e procedimentos.

As demissões acontecem no momento em que os planos de saúde colocam em prática um esforço para elevar o escrutínio contra fraudes.

Em outubro do ano passado, a FenaSaúde (federação que representa as operadoras) criou uma gerência para aumentar a fiscalização sobre os dribles mais comuns na utilização dos planos. Na ocasião, a entidade também apresentou ao Ministério Público de São Paulo uma notícia-crime sobre uma rede de empresas de fachada criada com o intuito de fazer pedidos de reembolsos fraudulentos em larga escala contra operadoras, que somaram cerca de R$ 40 milhões.

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