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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu tecnologia

Gigante nacional de tecnologia vira alvo de trabalhadores

OUTRO LADO: Acusada de coação, Stefanini afirma que fará negociação com sindicato dos trabalhadores de tecnologia

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São Paulo

Um dos empresários mais conhecidos no ramo da tecnologia, Marco Stefanini está com um problemão. Começam nesta semana as negociações com o Sindpd, sindicato da categoria, que acusa a empresa de ter coagido mais de 200 funcionários a pedir demissão.

A suposta infração teria ocorrido no ano passado, quando a Prodesp (empresa de tecnologia do governo de São Paulo) reduziu a quantidade de serviços prestados pela Stefanini em um contrato compartilhado com outra empresa, a IT2B.

O caso virou um procedimento preliminar de investigação aberto em março pelo Ministério Público do Trabalho em São Paulo.

Marco Stefanini é um homem de cabelo grisalho que veste terno preto com gravata azul.
Marco Stefanini no coquetel do Prêmio Empreendedor do Ano 2013 - Zanone Fraissat - 12.abr.13/Folhapress

Na denúncia, o Sindpd afirma que, à época, a Stefanini deu duas opções para seus funcionários: continuar na empresa ou pedir demissão e migrar para a IT2B.

Esses funcionários afirmaram ao MPT ter sofrido pressão para o desligamento. Queriam ser demitidos para, depois, migrarem para a outra prestadora (com a multa da rescisão a ser paga pelo empregador). Com isso, levariam as verbas rescisórias.

A Stefanini já prestava serviço para a estatal paulista e teve seu contrato reduzido. Muitos funcionários atuavam na Prodesp há mais de uma década e queriam continuar lá. Para isso, ainda segundo os funcionários, a Stefanini disse que eles teriam de se demitir.

A Stefanini é uma das grandes multinacionais no setor de TI e emprega mais de 30 mil funcionários. Marco Stefanini, CEO e fundador da empresa, integra a lista de 246 empresários, ativistas e personalidades do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão reativado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta (4).

Em nota, a Stefanini negou ter perdido a licitação da Prodesp e afirmou ter havido um "reajuste de escopo de trabalho".

A empresa disse que nunca foi procurada pelo sindicato e que aguarda resposta para o início da negociação.

"Ao longo de seus 35 anos, a Stefanini sempre esteve aberta às negociações e, neste caso específico, está há mais de 10 dias solicitando nova reunião com o Sindpd, que será realizada no início da próxima semana, quando a empresa tratará novamente dos pontos em questão", afirmou a companhia.

Com Diego Felix

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do que foi publicado, o Ministério Público do Trabalho abriu um procedimento preliminar e não um inquérito. A Stefanini venceu a licitação com outra empresa. O contrato é compartilhado. As informações foram corrigidas.

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