O atual comando da Americanas só aguarda a conclusão da investigação de um comitê independente para mover uma ação indenizatória contra os responsáveis pelas fraudes que colocaram a varejista em recuperação judicial com uma dívida de R$ 43 bilhões.
Reservadamente, executivos afirmam que têm "plena convicção" da existência da fraude, praticada nos últimos dez anos, pelo menos.
Segundo eles, os documentos comprobatórios foram encaminhados aos integrantes da CPI da Americanas, e ao comitê independente.
Por isso, já se preparam para uma ofensiva judicial que terá como principal alvo o ex-presidente Miguel Gutierrez.
A ação prevê o ressarcimento de, ao menos, R$ 20 bilhões, valor das inconsistências contábeis perpetradas pela diretoria anterior.
Como sabem que não haverá bens pessoais dos executivos para alcançar esse valor no Brasil, avaliam a extensão da falência no exterior para executar bens eventualmente localizados fora do país.
Uma das dificuldades será, justamente, as medidas a serem tomadas na Espanha. O país não extraditaria Gutierrez, que é cidadão espanhol.
Por meio de seus advogados, Gutierrez negou irregularidades em sua gestão e pediu adiamento de seu depoimento à CPI da Americanas devido a problemas de saúde. Em documento enviado à comissão, ele afirmou estar sob tratamento médico na Espanha, mas não marcou data de retorno.
Com Diego Felix
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