Ex-CEO das Americanas apresenta atestado e adia depoimento na CPI

Miguel Gutierrez tem habeas corpus que permite ficar calado durante fala na comissão

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Brasília

O ex-CEO da Lojas Americanas, Miguel Gutierrez, apresentou um atestado e adiou sua participação na CPI que investiga a fraude contábil de R$ 20 bilhões. Até o momento não há nova data definida.

A participação de Gutierrez é considerada chave porque ele comandou a empresa entre 2001 e 2022. A fr aude, que primeiro foi chamada de inconsistência contábil, foi revelada menos de duas semanas após a sua saída.

CPI da Americanas na Câmara dos Deputados - Gabriela Biló 31.ago.23/Folhapress

Um habeas corpus concedido na semana passada permitiu que Gutierrez ficasse em silêncio na sua fala, mas não o eximia de atender ao chamado da CPI. Esse era o pedido inicial de Gutierrez. A defesa do ex-executivo não respondeu aos questionamentos.

O atual CEO da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, jogou a culpa da fraude na antiga diretoria e apontou uma possível cumplicidade de empresas de auditoria.

A sessão de hoje terá a participação de representantes da KPMG e da PWC, as duas companhias que assinaram os balanços da Americanas durante a fraude. Ainda não foi confirmada a participação de outro ex-executivo da varejista, Fabio Abrate.

A linha apresentado pela nova direção da Americanas é, no momento, a principal linha de apuração da CPI na visão do presidente da comissão, o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE).

Além dos depoimentos, a CPI deve aprovar hoje um requerimento do deputado Alberto Mourão (MDB-SP) para convocar membros do Conselho de Administração da companhia nos últimos anos.

Caso o pedido seja aprovado, é um passo a mais da CPI na direção dos acionistas controladores, os empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, que tinham o controle do conselho da companhia.

Outro requerimento que será analisado hoje, de auditoria dos deputados Tarcísio Motta (PSOL-RJ) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS), pede os dez maiores contratos de Verba de Propaganda Cooperada. Esse foi o principal mecanismo contábil utilizado para efetivar a fraude.

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