Em 25 anos de atuação, instituições sem fins lucrativos gerenciam somente 2,2% de toda a rede pública do SUS, entre hospitais, clínicas e postos de atendimento. São Paulo concentra a maioria (58%) dessas entidades, conhecidas como OSS (Organização Social de Saúde).
Na prática, elas atuam como terceirizadas do poder público. Os governos definem e planejam políticas a serem adotadas por organizações desse gênero, obrigadas a seguir metas de produção e qualidade de atendimento.
É a primeira vez que o setor, representado pelo instituto Ibross, faz um mapeamento de sua atividade no país. O levantamento foi realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, que cruzou dados da Fiocruz, TCU (Tribunal de Contas da União), secretarias estaduais e municipais.
De acordo com o Ibross, atualmente, 1.874 unidades de atendimento da rede pública são geridas por 158 OSS, que cobrem 270 municípios em 20 estados.
A maioria dos estabelecimentos está no Sudeste. São Paulo concentra a maioria (1.101) e é seguido pelo Rio de Janeiro (360) e Minas Gerais (113).
Esse mercado é pouco pulverizado. Do total de 158 organizações sociais, 76 delas controlam um único estabelecimento de saúde, enquanto 27 instituições comandam 1.335 unidades (81% do total).
A líder no setor é a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), que administra 387 unidades, seguida pela Casa de Saúde Santa Marcelina, com 111.
Os hospitais-dia (39%) e os hospitais especializados (18%) são os serviços mais administrados pelas organizações de saúde. Unidades de pronto atendimento e pronto-socorro somam quase 40%.
Com Diego Felix
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