O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul autorizou o leilão dos cursos de medicina da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), após uma contestação judicial da Universidade Brasil e de seus sócios, que questionavam a legitimidade do processo.
Na decisão, o desembargador Niwton Carpes da Silva afirmou que não se verificou irregularidade no trâmite do leilão, submetido aos credores em uma assembleia geral.
Ele afirmou que o pedido de suspensão serviu somente para tumultuar o processo de recuperação judicial da Ulbra. A entidade pretende levantar cerca de R$ 700 milhões com o negócio.
Os sócios da Universidade Brasil, que diziam ser os verdadeiros donos da Ulbra, afirmavam ter comprado, em fevereiro de 2022, a totalidade das ações por R$ 40 milhões.
A operação foi intermediada pelo Banco Master que, agora, coordena o Calêndula, único fundo de investimento interessado na compra dos cursos.
Para os sócios da Universidade Brasil isso seria uma evidência de conluio, o que o banco nega.
Acionada no processo, a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação deu parecer contrário à realização do leilão por considerar a autorização do curso intransferível.
Agora, os sócios da Ulbra poderão contestar a decisão e, passado o período de manifestação, a Justiça poderá declarar o Fundo Calêndula (único interessado na compra) como vencedor.
Procurada, a Universidade Brasil preferiu não comentar.
Com Diego Felix
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.