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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Relógio de R$ 80 mil usado por Lula não consta em lista de presentes oficiais

Modelo da Piaget foi dado pelo então presidente da França, Jacques Chirac, em 2005

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Brasília e São Paulo

O relógio de pulso da marca Piaget avaliado em R$ 80 mil que o presidente Lula usa não consta na lista de presentes oficiais informados ao TCU (Tribunal de Contas da União).

Em 2016, quando itens desaparecidos da coleção de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff viraram alvo de um processo na Corte de Contas, uma relação com 568 itens foi entregue.

O relógio Piaget que Lula ganhou de Jacques Chirac
O relógio Piaget que Lula ganhou de Jacques Chirac - Ricardo Stuckert - 26.mar.2022

Em julho deste ano, o próprio presidente Lula afirmou ter ganhado o item do então presidente da França, Jacques Chirac, em 2005, durante as comemorações do Ano do Brasil na França. A revelação foi feita durante o "Conversa com o Presidente".

No programa, Lula falou que o relógio ficou perdido por um tempo e que o encontrou depois da mudança em uma gaveta. Passou, então, a usá-lo.

Durante a campanha de 2022, posou para fotos fazendo comentários sobre o modelo.

Lula e Jacques Chirac, então presidente da França, durante reunião da ONU
Lula e Jacques Chirac, então presidente da França, durante reunião da ONU - Eduardo Knapp - 30.jan.2004/Folhapress

A coluna obteve a lista completa dos 568 itens descritos como presentes pelo gabinete de Lula quando ele deixou o cargo. O relógio Piaget dado por Chirac não consta no documento.

Oito itens presenteados foram dados como perdidos e o presidente Lula pagou cerca de R$ 11 mil em ressarcimento. Segundo a assessoria do TCU, o relógio não estava entre eles.

O ex-presidente Jair Bolsonaro utiliza o caso do relógio de Lula para se defender do relógio Rolex dado pela Arábia Saudita. Avaliado em R$ 360 mil, o modelo, cravejado de pedras preciosas, foi vendido nos EUA, mas o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, o recomprou para que fosse devolvido, como pediu o TCU.

Com Diego Felix

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