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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Startups & Fintechs

Gotas de sangue e teste em farmácia: o negócio da startup brasileira Hilab

Empresa curitibana fez primeira venda internacional, para Indonésia, em negócio de valor não divulgado

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Curitiba

A startup curitibana Hilab, que desenvolve equipamentos para exames de sangue rápidos e tem entre seus investidores os fundos de Abilio Diniz e Pedro Parente, acaba de anunciar sua primeira venda internacional, para a Indonésia.

O valor da negociação não foi divulgado. O dispositivo que será exportado faz a análise do hemograma completo em até 30 minutos depois de o sangue ser coletado do paciente. No lugar de ampolas de sangue coletado com agulhas, o sistema desenvolvido pela startup usa gotas retiradas da ponta do dedo.

A agilidade é possível graças à IA (inteligência artificial) desenvolvida pela startup, que faz a análise da amostra coletada do paciente. O resultado é verificado por um profissional de saúde antes de ser emitido.

Dispositivos da startup curitibana Hilab
Os três dispositivos de testes rápidos da Hilab: Lens, usado para hemogramas; Flow, hoje nas farmácias; e o recém-lançado Volt, de reações eletroquímicas - Divulgação

A Indonésia, segundo a empresa, tem o perfil dos mercados buscados por ela para uma expansão internacional. "Nosso foco está em países emergentes que são descentralizados geograficamente, onde o acesso a laboratórios clínicos não é tão fácil", disse à Folha Marcelo Mearim, diretor de receitas da companhia.

Ao mesmo tempo em que inicia sua operação fora do Brasil, a startup mira novos clientes domésticos com o lançamento de um novo equipamento que usa reações eletroquímicas para ler exames como TGO/TGP (que indicam a saúde do fígado), glicemia e potássio.

Os resultados, gerados em até cinco minutos, poderão tornar mais rápidas as triagens em hospitais e ajudar a diminuir custos com ocupações de leitos, diz a startup.

Apesar de operar no país com o aluguel dos equipamentos, a startup diz que isenta da taxa as encomendas "relevantes" e, nesse caso, ganha com a venda dos reagentes que são usados a cada teste. É com esse modelo de negócio que a Hilab atua nas farmácias, frente que corresponde à maior fonte de receita da empresa com exames para detectar gravidez, medir colesterol e diabetes, entre outros.

A modalidade cresceu a partir de agosto, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ampliou o leque de análises que podem ser feitas nesses estabelecimentos, como testes de HIV, dengue e colesterol.

O profissional de saúde que atua na farmácia deve confirmar o resultado gerado pela IA.

A Hilab não divulga o quanto já captou em investimentos. A startup já levantou quatro rodadas, com aportes de Positivo, Qualcomm, eB Capital, do ex-presidente da Petrobras Pedro Parente, e Península, do empresário Abilio Diniz.

Para os próximos anos, empresa aposta em diversificação de receitas. Entre os focos definidos, estão os exames feitos em consultórios médicos e a entrada em um setor antes considerado como rival, o dos laboratórios.

"Nossos equipamentos podem agilizar a análise e diminuir o custo de exames em que a margem de lucro dos laboratórios é menor", disse o CEO da Hilab, Marcus Figueredo.

Com Artur Búrigo e Diego Felix

A coluna viajou a convite da Hilab

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