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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu petrobras

Ministério ataca política de preços da Petrobras para o diesel

Levantamento de Minas e Energia mostra que, na Bahia, estatal já vende o combustível mais caro do que refinaria privatizada

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Brasília

Em mais uma frente de ataque à nova política de preços da Petrobras, o Ministério de Minas e Energia agora defende a recompra da refinaria de Mataripe, na Bahia, como forma de baixar os preços do diesel vendido pela estatal no estado.

Um monitoramento feito pela pasta mostra que a Petrobras está vendendo o combustível acima do preço paritário internacional, o que provocou uma inversão no cenário local. A Acelen, que antes comercializava o combustível mais caro do país na Bahia, agora vende mais barato do que a Petrobras.

A Refinaria do Mataripe, vendida pela Petrobras para o fundo árabe Mubadala - 03.jun.2022-Geraldo Kosinski/Agência O Globo

De acordo com dados da pasta, o litro do diesel vendido pela Petrobras está, em média, R$ 0,22 acima do preço da Acelen. Em novembro, o litro do combustível da Acelen caiu R$ 0,30, permanecendo inalterado na Petrobras.

Em Ipojuca, por exemplo, a estatal vende o litro por R$ 3,95 e sua concorrente, por R$ 3,85.

A Acelen comprou da Petrobras a refinaria e assumiu as operações em dezembro de 2021, em meio a protestos de sindicatos e da oposição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que defendiam a reestatização da unidade.

A companhia é controlada pelo bilionário fundo árabe Mubadala e chegou a vender o combustível mais caro do país diante da dificuldade de comprar insumos da Petrobras a preços de mercado –situação que foi denunciada ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Por trás desse embate reside uma campanha do governo Lula para baixar os preços dos combustíveis, itens que pesam sobremaneira na inflação. Assessores no Planalto afirmam que o presidente determinou mudanças para "abrasileirar" os preços dos combustíveis. Ou seja, descolar a formação de preços locais do PPI (Preço Paritário Internacional), que repassava as variações dos insumos automaticamente.

Com Paulo Ricardo Martins

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