O Safra foi à Justiça para forçar o empresário e bilionário Washington Cinel a pagar R$ 15 milhões que tomou emprestado do banco, na pessoa física, mas foram incluídos no bolo de credores da recuperação judicial do grupo Handz.
Na petição, o Safra questiona a lista de credores de Cinel, que vem sendo criticado por outros credores, como o Banco do Brasil, por ter incluído todas as empresas de seu grupo para cobrir dívidas da divisão agrícola.
O carro-chefe do grupo Handz é a Gocil Vigilância e Segurança. Cinel, segundo o Safra, usou o dinheiro tomado na pessoa física para colocar nessa empresa –que é lucrativa. No entanto, esse crédito foi parar no processo de recuperação aberto por problemas financeiros nas fazendas de Cinel.
À Justiça, ele disse dever R$ 12,5 milhões ao banco.
O Safra defende que seus créditos estão fora da recuperação judicial. Ali, segundo a avaliação da instituição, só cabem dívidas ligadas, exclusivamente, ao agronegócio.
Cinel integrou o grupo de empresários que apoiou Jair Bolsonaro durante seu governo. Foi na mansão dele, no Jardim Europa, em São Paulo, que empresários se reuniram com o ex-presidente.
Para amigos, hoje ele nega ter sido bolsonarista e diz que ser de direita ou de esquerda é um negócio muito burro.
Procurado pelo Painel S.A., Cinel respondeu, por meio da assessoria da Gocil, que "segue o processo de recuperação judicial com lisura e transparência, dialogando com os credores em respeito a todos os envolvidos".
O Banco Safra disse que não comenta assuntos em trâmite na Justiça.
Com Diego Felix e Paulo Ricardo Martins
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