O Sindifisco Nacional, sindicato dos auditores fiscais da Receita, rejeitou por uma maioria esmagadora a proposta de remuneração apresentada pelo governo federal em assembleia realizada nesta terça (5).
Com recorde de participantes –quase 5.500 auditores–, 95,15% dos votantes recusaram o acordo. O resultado foi encaminhado para Robinson Barreirinhas, secretário especial da Receita.
O governo propunha a implementação de bônus de maneira parcelada. Seria de R$ 4.500 a R$ 5.000, em 2024; entre R$ 5.000 e R$ 7.000, em 2025; e de R$ 11 mil a partir de 2026.
O bônus dependeria do atingimento de metas definidas pelo governo. Hoje, os auditores já recebem um bônus fixo de R$ 3.000.
A categoria reclama que a quantidade de recursos para o pagamento do bônus foi reduzida no Orçamento.
"O problema é fazer um corte no programa, independentemente do atingimento das metas ou não. Foram autorizados mais R$ 700 milhões no Orçamento, mas a lei previa R$ 2 bilhões", afirma Isac Moreno, presidente do Sindifisco.
A paralisação ameaça os julgamentos do Carf, o conselho de recursos dos contribuintes, e coloca em xeque mais de R$ 90 bilhões em processos no momento.
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