O país conta com 2,6 mil cirurgiões-dentistas especializados em estética facial. Embora representem menos de 1% do total de profissionais, esse contingente triplicou desde 2019, quando a modalidade foi incorporada à odontologia.
Os dados são do Conselho Federal de Odontologia (CFO) e confirmam o alto aquecimento do mercado nessa área, especialmente pela possibilidade de se fazer aplicações de botox como parte do pacote da chamada harmonização facial.
A estética também fez o número de especialistas em implantes crescer mais do que a própria ortodontia —média de 10,5% e de 5,7%, respectivamente, entre janeiro de 2022 e janeiro deste ano.
Reflexo do que vem ocorrendo nas faculdades, o Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (Ciosp) já reservou 35% dos estandes a empresas de equipamentos e insumos de estética facial. O evento é o maior do ramo na América Latina e ocorre entre 24 e 27 de janeiro no Expo Center Norte, em São Paulo.
"Há dois anos, praticamente não havia estandes desse setor no Ciosp", diz Juliano do Vale, presidente do CFO.
Segundo a Sociedade Brasileira de Toxina Botulínica e Implantes Faciais na Odontologia (SBTI), são realizados cerca de 150 cursos de especialização nessa área para dentistas.
Tarley Pessoa de Barros, presidente da entidade, diz que, atualmente, 60% dos dentistas interessados nessa área são recém-formados.
Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês) indicam um crescimento de 52% nos procedimentos de harmonização facial no Brasil, que chegaram a 760.826, em 2022. Os dados do ano passado ainda não foram compilados. Eles incluem a aplicação de botox (toxina botulínica) e de ácido hialurônico.
Com Diego Felix
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