Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.
Descrição de chapéu JBS

J&F marca data para devolver R$ 3,8 bi para Paper Excellence

OUTRO LADO: Para sócia dos Batista, negócio não ocorrerá porque Incra não determinou a nulidade do contrato

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

A J&F, dos irmãos Batista, notificou a Paper Excellence a desfazer, de forma consensual, o contrato de venda da Eldorado Celulose, cumprindo o que seria uma determinação do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O Painel S.A. obteve cópia da notificação. Nela, a J&F se propõe a devolver imediatamente à Paper cerca de R$ 3,8 bilhões por cerca de 750 milhões de ações da Eldorado. A data marcada para a troca seria 23 de janeiro, às 10h30, em um escritório de advocacia em São Paulo.

Jackson Widjaja (esq.), dono da Paper Excellence e o empresário Joesley Batista da JBS (dir.)
Jackson Widjaja (esq.), dono da Paper Excellence e o empresário Joesley Batista da JBS (dir.) - Divulgação e Pedro Ladeira - 07.set.2017/Folhapress

A iniciativa da J&F se deve a uma outra notificação, enviada pela Eldorado a seus acionistas (J&F e Paper Excellence) em 2 de janeiro.

Nesse documento, a Eldorado comunica que "(...) diante da nulidade já reconhecida pela AGU e pelo Incra, a Eldorado entende por bem seguir a recomendação da autarquia, (...) solicitando que, até 8 de janeiro de 2024, informem se desejam voluntariamente distratar o SPA (acordo de compra e venda, na sigla em inglês), em linha com o que determina a legislação nacional."

O Incra afirma que a Paper Excellence deveria ter obtido autorização prévia do Congresso Nacional para formalizar o contrato de aquisição da Eldorado, em 2017, caso houvesse terras envolvidas na transação.

A Paper, no entanto, tem um outro entendimento do parecer do órgão. Para ela, o Incra reconhece o contrato e diz que as partes precisam negociar, sem mencionar a venda.

Isso porque, segundo a Paper, o contrato não envolve compra de terras por estrangeiros e, sim, a aquisição do controle de um complexo industrial de celulose.

O grupo considera que os Batista mentem e precisam cumprir o acordo assinado e que prevê a transferência do controle da Eldorado.

Com Diego Felix

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.