A J&F esperou, mas ninguém da Paper Excellence apareceu na reunião, marcada nesta terça (23), que previa um acerto de contas em torno da disputa pelo comando da Eldorado Celulose.
A J&F pretendia entregar um cheque de R$ 3,77 bilhões para sua sócia, que comprou o controle da Eldorado em 2017, mas não obteve a transferências das ações até hoje.
A reunião tinha sido marcada em um escritório de advocacia após uma notificação extrajudicial da J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, para a Paper.
Os R$ 3,8 bilhões correspondem ao valor calculado pela J&F pelos 49,41% de ações da Eldorado já pagos pela Paper.
A J&F diz que busca um distrato amigável após um parecer técnico do Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária) considerar o negócio como nulo, caso a Paper tenha de assumir terras no país. Os técnicos afirmam que a companhia estrangeira ficaria com propriedades rurais, o que exigiria autorização prévia do Congresso.
A Paper diz que esse parecer não faz sentido, porque o negócio envolve a compra de um complexo industrial e não terras.
Como noticiou o Painel S.A., após o parecer, a Eldorado notificou seus sócios a se manifestarem em relação à intenção de distrato do contrato.
Com Diego Felix
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.