Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.
Descrição de chapéu Todas STF

Documento do Cade recomenda que governo volte atrás em decreto sobre equidade salarial

Parecer da Diretoria de Estudos Econômicos aponta risco de conluio por divulgação de política de remuneração

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

A Diretoria de Estudos Econômicos do Cade recomendou o cancelamento dos dispositivos legais que obrigam as empresas a divulgar salários pagos a homens e mulheres.

A determinação decorre de um decreto do Ministério do Trabalho e Emprego que pretende estimular a equidade salarial.

Sede do Cade, em Brasília
Sede do Cade, em Brasília - Adriano Machado - 07.ago.17/Reuters

No entanto, a diretoria vê riscos de que essa divulgação exponha a política de remuneração das companhias, abrindo espaço para conluio entre empresas e até formação de cartel.

Empresas e entidades de classe já foram ao Supremo, questionando a constitucionalidade desse ponto específico da lei.

A pedido do presidente do Cade, Alexandre Cordeiro de Macedo, a DEE elaborou um estudo e fez recomendações ao ministério.

Caso o cancelamento dessa medida não seja mantido, o órgão recomenda que o ministério crie mecanismos para impedir que "essa informação se transforme em um instrumento facilitador de comportamentos colusivos, que venham produzir danos à livre concorrência e, também, efeitos negativos no próprio mercado de trabalho".

Para o Cade, a contratação de profissionais pode constituir uma variável competitiva importante. Divulgá-las coloca em risco a estratégia de muitas companhias, especialmente aquelas cujo negócio se baseia na capacidade intelectual de seus funcionários.

"As informações referentes a valores de várias parcelas que podem compor a remuneração de um determinado trabalhador são concorrencialmente sensíveis e podem facilitar a coordenação entre concorrentes, caso sejam publicadas pelas empresas em seus próprios sites, ou mesmo em relatórios produzidos pelo ministério", diz o parecer.

Com Diego Felix

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.