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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Lula quer vitaminar farmacêuticas nacionais via BNDES

Plano é destinar recursos com juros baixos para desenvolvimento de novos medicamentos; SUS será grande comprador

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Brasília

O presidente Lula quer fortalecer a indústria farmacêutica nacional e o plano é usar o BNDES como propulsor de financiamentos. Nesta semana, o banco aprovou R$ 141 milhões para que a Althaia invista no desenvolvimento de novos medicamentos. É o segundo crédito liberado ao grupo.

Diretor de Desenvolvimento Produtivo, Comércio Exterior e Inovação do BNDES, José Luis Gordon
Diretor de Desenvolvimento Produtivo, Comércio Exterior e Inovação do BNDES, José Luis Gordon - Divulgação

O mandatário quer um parque nacional para evitar o que aconteceu na pandemia, com a falta de medicamentos na rede pública decorrente de excessiva dependência de importações.

Diante do novo cenário, a indústria nacional farmacêutica pretende investir R$ 16 bilhões até 2026 —166% a mais do que foi investido durante o governo Jair Bolsonaro.

Em entrevista ao Painel S.A., José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, afirma que a onda farmacêutica no banco se deve à nova política industrial do governo.

"São R$ 5 bilhões destinados à inovação", disse Gordon. "Nessa linha os contratos são indexados pela TR [Taxa Referencial, de cerca de 2% ao ano].

Segundo ele, houve um aumento de 179% nas aprovações de contratos ligados à saúde e à indústria de fármacos.

A carteira total saiu de R$ 1,2 bilhão, em 2022, para R$ 2 bilhões, em 2023. Deste total, a indústria de medicamentos ampliou bastante sua participação —saiu de R$ 529 milhões para R$ 1,5 bilhão, no período considerado.

"A ideia é que esse setor se torne mais inovador e que utilize o poder de compra do SUS como mola propulsora", disse Gordon.

"Nos EUA, a agência de saúde destina US$ 20 bilhões por ano para o desenvolvimento de novas drogas. A pandemia mostrou que não podemos ficar dependentes demais."

Com Diego Felix

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