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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Ministro pressiona e usinas de Furnas terão mais água para garantir energia na seca

Após período de chuvas abaixo do normal, ONS optou por preservar nível dos reservatórios de Jupiá e Porto Primavera

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São Paulo

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) iniciou, nesta sexta (29), manobras para reduzir a saída de água das hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, ambas do sistema de Furnas no rio Paraná. A movimentação, anunciada no início do mês, foi iniciada após autorização do Ibama e atende a um pedido do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia).

A medida decorre de um pleito do ministro ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. A preocupação é evitar o que ocorreu no governo Jair Bolsonaro que, diante de uma grave crise hídrica, precisou contratar termelétricas por mais de R$ 2.500 o MWH (megawatt-hora) para dar conta da entrega de energia ao sistema.

Silveira queria que as usinas operassem com mais água nos reservatórios como forma de garantir o nível adequado para a geração elétrica após o período de chuvas (de dezembro a fevereiro). O índice pluviométrico do período ficou abaixo da média história nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Unisa hidrelétrica com água passando em queda
O período de chuvas deste ano foi baixo e o governo teme que os reservatórios fiquem sobrecarregados - Norberto Duarte - 12.jun.14/AFP

A expectativa é de que cerca de 11% do armazenamento na bacia do Paraná seja preservado até agosto, enquanto nas regiões Sudeste e Centro-Oeste esse índice deve ficar em 7%.

A decisão foi tomada após o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) sugerir o uso múltiplo do lago de Furnas, como forma de garantir a segurança energética.

De acordo com o ONS, a previsão é que Porto Primavera atinja a vazão mínima próxima de 3.900 m³/s até o próximo dia 3. A hidrelétrica de Jupiá, por outro lado, vai depender da vazão incremental entre as usinas.

Com Diego Felix

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