Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.
Descrição de chapéu Camex

Indústria química diz que fechará portas sem barreira para importados sujos

Abiquim pressiona para que Camex eleve imposto de 65 itens vindos da China

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

A indústria química afirma que fábricas fecharão as portas se o governo não interferir junto à Camex (Câmara de Comércio Exterior) para o aumento do imposto de importação. A ideia é evitar o que chamam de "enxurrada de produtos sujos" vindos da China.

A Camex é um órgão colegiado vinculado ao Ministério da Indústria e o Gecex, comitê que decide sobre tarifas de exportação e importação, se reúne nesta terça (30).

Pesquisadores em inovação trabalham no H2CA (laboratório de hidrogênio e combustíveis avançados), em Natal, que produz combustível sustentável de aviação em escala pré-industrial a partir da glicerina
Pesquisadores em inovação trabalham no H2CA (laboratório de hidrogênio e combustíveis avançados), em Natal, que produz combustível sustentável de aviação em escala pré-industrial a partir da glicerina - Alexandre Lago - 15.fev.24/Folhapress

A indústria química enfrenta uma concorrência direta com insumos importados da Ásia, particularmente da China, que entram muito mais baratos, mas sem garantias de que sejam sustentáveis, segundo a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).

O presidente-executivo da entidade, André Passos Cordeiro, defende que, a exemplo das barreiras erguidas sobre o aço vindo da Ásia, a Camex eleve tarifas de 65 itens.

Com isso, o setor acha possível frear as importações consideradas predatórias, dando um respiro para o setor, que já enfrenta paralisia em suas plantas.

Segundo a Abiquim, as importações desses 65 produtos cresceram 31,2% em volume no ano passado.

Essa situação, entre outros fatores, gerou um nível de ociosidade de 36% nas fábricas, o pior patamar dessa cadeia dos últimos 30 anos.

No caso do aço, a Camex aumentou o imposto de importação de 11 tipos. Antes, essas mercadorias variavam entre 9% e 12,6% e hoje a alíquota é de 25%.

"O cenário para a química é ainda mais crítico que aquele que vivemos no aço", disse Cordeiro. "Precisamos dessa medida com urgência ou teremos que fechar fábricas. O setor tem muito a ajudar o país em seu desenvolvimento, principalmente em arrecadação, mas precisamos adotar medidas mais duras para a importação desenfreada."

Com Diego Felix

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.