O Senado aprovou as novas regras para pesquisas clínicas farmacêuticas com seres humanos, destravando um mercado que deve atrair investimentos de, ao menos, R$ 5 bilhões nos próximos anos.
Estudo da Interfarma, associação sem fins lucrativos que representa laboratórios farmacêuticos e centros de pesquisa nacionais e estrangeiros, projeta que, com o novo marco, o país pode saltar dez posições na lista dos maiores centros de pesquisas nesse ramo.
Hoje ele está entre os vinte maiores, com 248 estudos em andamento. O potencial salta agora para 540 estudos, especialmente de drogas caras, como aquelas destinadas ao tratamento de câncer, desenvolvidas por centros no exterior.
O texto, que segue para a sanção presidencial, mantém o Sistema Nacional de Ética em Pesquisa Clínica com Seres Humanos, cujas regras serão ainda regulamentadas pelo Executivo.
A expectativa é que haja mais estímulos para que o país atraia não somente a pesquisa clínica (fase final), mas toda a cadeia, desde a etapa inicial, de testes com as moléculas.
A pesquisa clínica é o estágio final e o mais demorado, exigindo mais investimentos.
Nela, os compostos testados na fase não clínica são testados quanto à eficácia e segurança em seres humanos. Nos EUA, 56% dos investimentos do setor se concentram nessa etapa, segundo estudo da Interfarma.
Com Diego Felix
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